segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Como surgiu o Cristianismo?







A História do Cristianismo retrata 2000 anos de história da religião religião cristã e suas Igrejas, iniciando-se no ministério de Jesus (Yeshua ben(bar)-Yoseph) e seus Doze Apóstolos, até a atualidade. O Cristianismo iniciou-se no primeiro século d.C. em Jerusalém, sendo uma religião monoteísta baseada nos ensinamentos de Jesus Cristo que teria nascido por volta do ano 6 a.C., na cidade de Belém, na Judéia (Palestina). Ela tornou-se a religião estatal da Arménia, quer em 301 ou 314, da Etiópia, em 325, da Geórgia em 337 e, em seguida, do Império Romano em 380. Durante a Era dos Descobrimentos (século XV-XVII), o cristianismo se expandiu para o mundo. Ao longo da sua história, os cristãos tem se dividido por disputas teológicas que resultaram em muitas igrejas distintas. Os maiores ramos do cristianismo são a Igreja Católica, a Igreja Ortodoxa Oriental, e as igrejas protestantes. 

Atualmente o cristianismo possuí cerca de 2,13 bilhões de adeptos, sendo a maior religião mundial[1] [2]adotada por cerca de 33% da população do mundo[3]. É a religião predominante na Europa, América, Oceania e em grande parte de África e partes da Ásia 

Segundo a religião judaica, o Messias, um descendente do Rei Davi, iria um dia aparecer e restaurar o Reino de Israel. 

Jesus Cristo, um judeu, começou a pregar uma nova doutrina e atrair seguidores, sendo aclamado como o Messias, mas não foi reconhecido como tal pela unanimidade dos seus concidadãos. Não terá sido o primeiro nem o último a afirmar-se como Messias. A religião judaica conhece uma longa lista de indivíduos que declararam ser o Messias, que chega mesmo até ao século XX. Nenhum deles, todavia, provocou impacto histórico e cultural semelhante ao de Jesus Cristo. 

Jesus Cristo foi rejeitado, tido por apóstata pelas autoridades judaicas. Ele foi condenado por blasfémia e executado pelos Romanos acusado de ser um líder rebelde. Seus seguidores enfrentaram dura oposição político-religiosa, tendo sido perseguidos e martirizados pelos líderes religiosos judeus e, mais tarde, pelo Estado Romano. 

Com a morte e ressurreição de Jesus Cristo, os apóstolos, principais testemunhas da sua vida, reúnem-se numa comunidade religiosa composta essencialmente por judeus e centrada na cidade de Jerusalém. Esta comunidade praticava a comunhão dos bens, celebrava a "partilha do pão" em memória da última refeição tomada por Jesus e administrava o baptismo aos novos convertidos. A partir de Jerusalém, os apóstolos partiram para pregar a nova mensagem, anunciando a nova religião aos que eram rejeitados pelo judaísmo oficial. Assim, Filipe prega aos Samaritanos, o eunuco da rainha da Etiópia é baptizado, bem como o centurião romano, Cornélio. Em Antioquia, os discípulos abordam pela primeira vez os pagãos e passam a ser chamados de cristãos. 

Paulo de Tarso não se contava entre os apóstolos originais, ele era um zeloso judeu que perseguiu inicialmente os primeiros cristãos. No entanto, ele tornou-se depois um cristão e um dos seus maiores, senão o maior missionário (sem contar o próprio Cristo). Boa parte do Novo Testamento foi escrito ou por ele (várias epístolas) ou por seus cooperadores (o evangelho de Lucas e os actos dos apóstolos). Paulo afirmou que Jesus era o Messias profetizado no Antigo Testamento e que a salvação já não dependia das leis descritas na Torá, mas da fé em Cristo. Entre 44 e 58 ele fez três grandes viagens missionárias que levaram a nova doutrina aos gentios e judeus da Ásia Menor e de vários pontos da Europa. 

Nas primeiras comunidades cristãs a coabitação entre os cristãos oriundos do paganismo e os oriundos do judaísmo gerava por vezes conflitos. Alguns dos últimos permaneciam fiéis às restrições alimentares e recusavam-se a sentar-se à mesa com os primeiros. Na Assembléia de Jerusalém, em 48, decide-se que os cristãos ex-pagãos não serão sujeitos à circuncisão, mas para se sentarem à mesa com os cristãos de origem judaica devem abster-se de comer carne com sangue ou carne sacrificada aos ídolos. Consagra-se assim a primeira ruptura com o judaísmo. 

Muitos estudiosos, entre os quais Edward Gibbon, acreditam que o sucesso desta nova religião deve muito à simplificação operada em Jerusalém, e que com essa revolução liderada principalmente por Paulo de Tarso, a qual contradizia a tradição judaica, estavam reunidas as condições necessárias para expansão desta nova fé. Principalmente a obrigatoriedade da circuncisão era um factor de detenção para muitos povos gentios.[4] Há até a notícia de povos gentios no território do Império Romano que visitavam as sinagogas judaicas dos seus concidadãos sem no entanto se converterem, tal o apelo da religião judaica e a forte idéia monoteísta. 

A este propósito escreve Bertrand Russell em "História da filosofia ocidental": "As comunidades cristãs que Paulo (de Tarso) fundou em vários lugares, constituíam-se, sem dúvida, em parte de judeus convertidos, em parte de gentios que aspiravam a uma nova religião.'

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